Nasce a 1º de setembro de 1886, em Capivari (SP).
Figura de destaque do Modernismo Brasileiro.
Conhecida por suas obras de cores intensas que destacam a nacionalidade brasileira.
Temas tipicamente regionais reiterando o conceito nacionalista do movimento modernista.
A 30 de outubro de 1926, casa-se com Oswald de Andrade, escritor modernista, igualmente contestador e antropofágico.
Principais obras:
A Negra (1923), Abaporu (1928), Sol Poente (1929), Operários (1933).
Morre a 17 de janeiro de 1973, em São Paulo.
Figura de destaque do Modernismo Brasileiro.
Conhecida por suas obras de cores intensas que destacam a nacionalidade brasileira.
Temas tipicamente regionais reiterando o conceito nacionalista do movimento modernista.
A 30 de outubro de 1926, casa-se com Oswald de Andrade, escritor modernista, igualmente contestador e antropofágico.
Principais obras:
A Negra (1923), Abaporu (1928), Sol Poente (1929), Operários (1933).
Morre a 17 de janeiro de 1973, em São Paulo.
BIOGRAFIA:
Tarsila do Amaral foi uma modernista: pintou o Brasil, desrespeitou normas clássicas da pintura tradicional e encheu suas telas de cores, muitas cores. Tarsila conseguiu traduzir em cores vibrantes todas as sombras de um país.
País este que, segundo a visão apurada e singular da pintora, também é caipira, interiorano, quase rústico. País que Tarsila, em viagem feita a Minas Gerais, descobriu em pessoas, casas, ruas e aridez. A artista não traz apenas a beleza exemplar brasileira, mas ao contrário, denota suas silhuetas e contornos mais obscuros e, talvez por isso, mais interessantes.
Um modelo clássico do que se fala é sua obra mais conhecida, a pintura Abaporu. Neste quadro, segundo a descrição da própria artista, “há uma figura solitária monstruosa, pés imensos, sentada sobre uma planície verde, o braço dobrado repousando num joelho, a mão sustentando o leve peso da minúscula cabeça. Em frente, um cactus explodindo em uma enorme flor.”
Essa representação é o homem, plantado na terra; é a figura de pés grandes, plantados no chão brasileiro, sugerindo a idéia da terra, do homem nativo, selvagem, antropófago. Como o próprio nome Abaporu indica em tupi-guarani, aba: homem, poru: que come.
Tarsila do Amaral foi a representante do movimento Pau-Brasil que, subdividido nas fases construtivo, exótico e metafísico/onírico, representa o cúmulo da brasilidade, traduzida não somente em seus temas humanos e nacionais, como também nas cores vivas até então rejeitadas por uma academia retrógrada e passadista.
Seus tons, de intensidade e força absurdas, são reminiscências de infância da pintora nascida em Capivari, interior de São Paulo. Desde então, Tarsila adota de forma quase que rebelde e contestadora, cada colorido excessivo para, assim, melhor representar um país-aquarela.
Engana-se, no entanto, quem acredita ser Tarsila do Amaral uma pintora estritamente rural. Não. É ela, isso sim, uma artista brasileira, modernista, bem-humorada, arraigada à nacionalidade brasileira. Pintou telas urbanas como São Paulo (1924) e Morro da favela (1924), retratou figuras humanas como o famoso quadro A Negra (1923) e A caipirinha (1923), registrou o interior brasileiro como em Cartão Postal (1929) e Sol poente (1929) e inaugurou a pintura social em Operários (1933).
Tarsila do Amaral, a modernista brasileira, a brasilidade moderna e colorida.
País este que, segundo a visão apurada e singular da pintora, também é caipira, interiorano, quase rústico. País que Tarsila, em viagem feita a Minas Gerais, descobriu em pessoas, casas, ruas e aridez. A artista não traz apenas a beleza exemplar brasileira, mas ao contrário, denota suas silhuetas e contornos mais obscuros e, talvez por isso, mais interessantes.
Um modelo clássico do que se fala é sua obra mais conhecida, a pintura Abaporu. Neste quadro, segundo a descrição da própria artista, “há uma figura solitária monstruosa, pés imensos, sentada sobre uma planície verde, o braço dobrado repousando num joelho, a mão sustentando o leve peso da minúscula cabeça. Em frente, um cactus explodindo em uma enorme flor.”
Essa representação é o homem, plantado na terra; é a figura de pés grandes, plantados no chão brasileiro, sugerindo a idéia da terra, do homem nativo, selvagem, antropófago. Como o próprio nome Abaporu indica em tupi-guarani, aba: homem, poru: que come.
Tarsila do Amaral foi a representante do movimento Pau-Brasil que, subdividido nas fases construtivo, exótico e metafísico/onírico, representa o cúmulo da brasilidade, traduzida não somente em seus temas humanos e nacionais, como também nas cores vivas até então rejeitadas por uma academia retrógrada e passadista.
Seus tons, de intensidade e força absurdas, são reminiscências de infância da pintora nascida em Capivari, interior de São Paulo. Desde então, Tarsila adota de forma quase que rebelde e contestadora, cada colorido excessivo para, assim, melhor representar um país-aquarela.
Engana-se, no entanto, quem acredita ser Tarsila do Amaral uma pintora estritamente rural. Não. É ela, isso sim, uma artista brasileira, modernista, bem-humorada, arraigada à nacionalidade brasileira. Pintou telas urbanas como São Paulo (1924) e Morro da favela (1924), retratou figuras humanas como o famoso quadro A Negra (1923) e A caipirinha (1923), registrou o interior brasileiro como em Cartão Postal (1929) e Sol poente (1929) e inaugurou a pintura social em Operários (1933).
Tarsila do Amaral, a modernista brasileira, a brasilidade moderna e colorida.
O ABAPORU
Desde algum tempo, Tarsila e Oswald de Andrade vinham entretendo um romance, que acabou em casamento no ano de 1926, verificando-se uma junção de propósitos com o início do Movimento Antropofágico.
Foi então que surgiu o seu mais famoso quadro, o Abaporu, famoso e valioso, pois em um leilão realizado em 1995, nos Estados Unidos, foi arrematado por cerca de um milhão e meio de dólares!
Tarsila pintou o Abaporu para impressionar Oswald. A intenção era criar um ser antropófago e o nome saiu mesmo de um dicionário de tupi-guarani. Não esperava, porém, tamanho impacto. Chamado por Tarsila, Oswald vai ao ateliê nos Campos Elísios e, ao ver o quadro, exclama: «Mas o que é isso ?!» De imediato, telefonou ao amigo Raul Bopp, pedindo-lhe que viesse sem mais demora. É ela que conta:
«Bopp foi lá no meu ateliê, na rua Barão de Piracicaba, assustou-se também. Oswald disse: "Isso é como se fosse um selvagem, uma coisa do mato" e Bopp concordou. Eu quis dar um nome selvagem também ao quadro e dei Abaporu, palavras que encontrei no dicionário de Montóia, da língua dos índios. Quer dizer antropófago.»
O casamento dos dois também foi devorado, pouco tempo depois. Em 1930, Tarsila e Oswald se separaram, seguindo cada um seu próprio destino.